Filme Terror na água e Tubarão
Filme
Terror na água e
Tubarão
Mais de 30 anos após o Tubarão de
Spielberg, vemos agora em Shark Night (Terror na água, no Brasil), uma nova
tentativa de homenagear o clássico, mas sem um protagonista com a simpatia de
Roy Scheider, e nem aquele clima agradável e familiar da série Tubarão. Lá no
passado, feito totalmente mecânico, robotizado, e atualmente numa mescla com
efeitos de computação 3D. O filme começa muito bem feito, em cena que lembra a
mesma cena inicial do primeiro filme, mas aos poucos exagera e toma a forma de
uma ficção bem menos realista que aqueles que víamos nos anos 70/80. Nesse
momento de verão, e de praias lotadas, nos resta rezar para não encontrar uma
das 350 espécies de tubarão, e nenhum acidente quando envoltos pelas ondas do
mar.
No presente filme, vemos que os tubarões
são em grande quantidade, e que percebemos em certas cenas a computação, apesar
de bem feita. Jovens namorando, muita azaração, dinheiro, lanchas, esquis e
tudo mais, e eu já torcendo para que tudo ganhasse o seu devido drama. Atores
novos e uma receita bem interessante, porque mostrou os predadores humanos,
numa região de lagos onde as pessoas vivem sem lei, inclusive o xerife. Foi a primeira vez que vi uma perseguição de
lancha, numa fuga policial. No mais o filme tem boa qualidade de imagem, e em
blue-ray se pode sentir as cores mais vivas, e os detalhes das lindas moças com
mais fidelidade.
Já lembrando dos dois primeiros Tubarão,
sentia que lá a qualidade e realismo eram também bons. No segundo há uma
identidade maior com o presente “Terror na água”, uma vez também envolvia
adolescentes namorando e muitas mortes. Apesar de que lá os atores tinham uma
simpatia bem familiar, e aqui vemos um grupo de universitários, de modo que
todos seus planos vão pelos ares quando se tem de arriscar a vida naquele lago
infestado de tubarões, de todas as espécies. O que diferencia aqui é que vemos
outras espécies de tubarão, como o martelo e o de cabeça chata. Até mesmo
pequenos tubarões. Vemos também uma quase confraria de admiradores na cidade,
pelos bichos.
Vemos que a discussão sociológica do
filme é que numa terra sem lei, as pessoas viram predadores, semelhantes as
piores bestas selvagens. Assim os homens se matam, tentam violentar uma mulher,
jogam outros como iscas aos bichos de barbatana. No bônus podemos ver que o
trabalho na construção dos tubarões ganhou em qualidade pelo uso de bonecos,
bem como de robôs e não apenas a computação, o que até aumenta a qualidade do
filme. O clima escuro e de forte contraste, dá uma outra cara ao filme. Apesar de
que as pessoas não são atacadas ao acaso, como nos antigos, aqui recebem uma
ajuda de pessoas que são verdadeiras fanáticas por carnificina, verdadeiros
sádicos de peixaria.
Pensar que muitas cenas do primeiro
Tubarão foram feitas sem o bicho, de tal modo que Spielberg teve de inventar
uma série de sugestões, o que se torna mais real que a própria cena do tubarão
atacando sua presa. Lá havia a caçada de um bicho gigante, porque o diretor
achou livro que usou para o filme bom nesse sentido, uma vez em sintonia com um
filme anterior que ele havia feito, sobre uma força destruidora incontrolável e
misteriosa. Mas em “Terror na água” percebemos a homenagem no início e sabemos
que pelo menos há esse enfoque de procurar a realidade dos tubarões, e não
apenas fazer o filme de qualquer jeito. Um filme com muita ação e tensão, que
vai prender a atenção, apesar do final ser meio previsível e clichê. Mas vale a
pena ver, e comparar com as obras clássicas, em especial os quatro primeiros
Tubarão. Uma ótima pedida para esse período de férias e praia.
AMEI O TEXTO. TODO CONHECIMENTO VINDO DE VC PRA MIM É 10.
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