FILME VINGADORES: ULTIMATO E A FILOSOFIA


FILME VINGADORES: ULTIMATO E A FILOSOFIA

 
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                Filme que está conseguindo um super sucesso nas bilheterias, “Vingadores: Ultimato” mantém a indústria cultural de pé, e também não se preocupa com a perda da aura no cinema, conforme nos lembra da escola filosófica de Frankfurt. Os super-heróis se reúnem para enfrentar a Thanos, após este ter matado metade da população, e assim recuperar as 6 joias do infinito. Heróis em ponto de vista grego seriam quase deuses, humanos com destaque que morreram bravamente. Isso depois foi mudado em nossa cultura para os santos ou mártires. O herói não está morto, o herói é morto. Mas no universo dos quadrinhos, o super-herói nasce muitas vezes em grande superação, de um adolescente aparentemente fracassado que ganha poderes por uma mutação ou sorte do destino, ou de alguma descoberta tecnológica. Mas não sozinho, e na lição de Epicuro, o melhor da vida são os amigos. Assim se unem os super-heróis: Vingadores.
 
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         Mas não apenas de humanos se fazem os super-heróis. Também há deuses. Assim se mostra Thor, que divertiu as mulheres do público com sua barriga saliente, de modo que se encontrava o deus do trovão com uma tendência alcoólatra pela cerveja. Não menos importante foi Hulk, agora intelectual e disposto a ensinar a fórmula para resolver o problema e recuperar as joias, ou seja, com a viagem no tempo. Nietzsche achava que as coisas se repetem sempre do mesmo modo, em eterno retorno. Talvez seria possível viajar no tempo ao se perceber quando essas coisas se repetem. Mas no filme se usou a física quântica. Falou-se até em paradoxo EPR. O Homem-formiga foi à cobaia. Mas não enfrentam sozinhos a Thanos, pois somente juntos o podem vencer. Thanos parece rimar com Thanatos, um ser da morte e do ódio, antagonista de Eros ou Cupido. Em Thanos não há amor, e por isso ele sacrificou uma de suas criações, ou filhas. E Capitão América ao encontrar seu alter-ego em outro tempo, enfrenta a si mesmo.
 
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 A filosofia é uma reflexão consigo mesmo, um superar-se. Mas ninguém o enfrenta sem se associar. Aristóteles veria bem as pessoas unidas em uma sociedade a enfrentar o mal. O homem é um animal político, social. Também os super-heróis o seriam. E para recuperar o mundo de um retrato apocalíptico, para restaurar suas famílias. Aristóteles tinha por objetivo a eudaimonia, que seria uma felicidade mais ampla, uma prosperidade em muitos sentidos. Mas disse Thanos: “Eu sou o inevitável”. Logo a morte vem como divisa, uma iniciação necessária. A filosofia existencialista, em especial Sartre, ensinou que o ser se relaciona com a morte. Mas há uma liberdade de escolha. Contudo, os Vingadores precisam não se vingar, mas salvar a humanidade. Assim o sacrifício de um salvador se fez necessário, e uma dimensão cristã apareceu, unindo fé a razão. Agostinho e Tomás de Aquino vieram à tona, com a filosofia medieval. Com a ajuda de Arqueiro, de todos os heróis, e ainda até de vilões, como a Nebulosa, tudo se encaminharia bem para se manter as joias protegidas: joias metafísicas.
 
 
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          No mais o filme manteve um ideal norteamericano (Capitão América e três joias em Nova Iorque...), bem como um forte paganismo, com muitos deuses e poderes, sem qualquer referência a cultura cristã, a não ser o sacrifício de um herói por analogia. Mistura de viagem espacial, no tempo, bem como com muita ação e efeitos especiais, Vingadores: Ultimato está sendo um sucesso nos cinemas, nos levando também a refletir sobre a ética e sobre a humanidade, sendo importante a filosofia nesse quesito.
 
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